É daqueles que não escolhe ao pormenor os pneus para o seu automóvel? Se é não devia. A escolha de pneus é, muitas vezes, pouco ponderada, já que continuam a ser vistos quase como um parente pobre do automóvel, mas o facto de serem o único ponto de contacto do carro com o solo e deles depender grande parte da segurança de quem segue no habitáculo.
O mercado dos recauchutados tem vindo a crescer, com muita gente a optar por esta solução mais económica. No entanto, se há componente do automóvel em que não deve olhar a gastos é precisamente nos pneus.
Procure produtos novos, de qualidade e opte por adquirir pneus de marcas conceituadas, se possível opte por marcas japonesas e europeias e, claro, novos. Se a mudança de pneus não é urgente, tente acompanhar as campanhas de promoção das várias marcas e peça orçamentos a vários revendedores antes de tomar uma decisão – a falta de precipitação acabará por compensar.
Para fazer uma boa escolha, a primeira coisa a fazer antes de encomendar um jogo novo de pneus, passa por saber ler a identificação dos antigos, ou seja, conseguir interpretar o conjunto de números e letras visíveis na lateral do pneu. Por exemplo, 225/55 R 17 97 W: o primeiro número, 225, corresponde à largura do pneu em milímetros; o seguinte, 55, indica a relação do pneu, ou seja, a altura do flanco expresso em percentagem face à largura do rasto do pneu (ou seja, no caso, a altura do flanco corresponde a 55% da largura do rasto); o R, indica que a construção do pneu é radial; o 17 é o diâmetro interior do pneu e a altura da jante, indicada em polegadas; o número 97 corresponde ao índice de carga dos pneus, que deverá ser descodificado na tabela respetiva (97 admite uma carga de 730 kg/pneu); e W corresponde a velocidade máxima de certificação do pneu (W, até 270 km/h).
Deve ter em conta ainda o clima por onde habitualmente circula. Caso resida em zonas altas, com muita chuva, poderá equacionar a compra de pneus indicados para solo molhado, com mais capacidade para escoar a água da chuva, o que tem uma grande influência nas distâncias de travagem. Por outro lado, se a circulação se faz por áreas em que é raro chover, mais vale descartar a compra de pneus para a chuva.
Em Portugal sendo um clima ameno, mas que sofre de grandes chuvadas e períodos de seca, o ideal poderá passar por escolher pneus para todas as estações (all-season), capazes de uma performance satisfatória em qualquer situação.